sexta-feira, 30 de maio de 2008


Na estrada da noite onde a ausência de luz deixa-nos ver mais distante (que é a distância se não uma estrela perdida na imensidão de Nuth?) caminhamos para o despertar de algo urgente que nos inquieta e não nos permite entrar nos reinos do inconsciente repouso. Se a inquietação é o motor que nos faz mexer e se nos movemos apenas em busca de bens materiais, como podemos satisfazer essas inquietações mais profundas do ser humano? Como podemos encurtar a distância? Como podemos aceder a outras experiências mais próprias da alma? Que seria o homem sem Filosofia, sem reflexão, sem entendimento das coisas mais eternas?

Façamos um grande Banquete com as coisas divinas e estaremos aptos a ser mais felizes.

terça-feira, 20 de maio de 2008


Vi a poesia viva...

Foi no Jardim Botânico, numa molhada manhã da domingo em que as gotas de água fizeram de música acompanhando as palavras largadas ao vento por um grupo de jovens...

Foi com o conto de Sophia de Mello Breyner "O Rapaz de Bronze" que um grupo de jovens da Nova Acrópole vivificou o jardim Botânico do Porto. Aquele espaço foi a casa da autora e ela teve verdadeira inspiração quando deu vida às flores, árvores e estátuas, fundido o mundo humano com a natureza de uma maneira mágica e que, talvez, contenha também um sentido mais profundo na medida em que apela para realidades menos visíveis aos olhares humanos? Que sabemos da vida oculta das plantas?

E que maravilhosa foi a leitura encenada daquelas palavras tornando assim um texto vivo e dando vida, simultaneamente, àqueles espaços encantados do Jardim. E ainda mais: palavras vivificadas por jovens que são as verdadeiras flores da humanidade!